30/01 a 3/02 de 2017

STJ suspende ações trabalhistas contra empresas em recuperação judicial

O juízo responsável pela recuperação judicial tem competência exclusiva sobre a análise a atos executivos ou constritivos dos bens das sociedades em recuperação, o que exclui interferências da Justiça do Trabalho. Com esse entendimento, o vice-presidente no exercício da presidência do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, determinou a suspensão de três ações trabalhistas ligadas a empresas com pedidos de recuperação judicial em andamento.
As decisões atenderam a pedidos de liminares em conflitos de competência. As empresas alegam que compete ao juízo da recuperação judicial decidir sobre questões que tratem sobre bens, interesses e negócios das empresas em recuperação, inclusive as demandas existentes na Justiça do Trabalho.
As decisões liminares tiveram como base as disposições trazidas pelos artigos 6º e 47 da Lei 11.101/05, que objetivam possibilitar a recuperação da pessoa jurídica que se encontra em desequilíbrio financeiro, “favorecendo, dentro do possível, a sua preservação”.
“Por esse motivo, necessário observar, quanto à execução do passivo da sociedade em recuperação judicial, o plano aprovado pelo Juízo Empresarial”, ressaltou o ministro Humberto Martins.
Atos constritivos - Ao conceder as liminares, o ministro também lembrou decisão da Segunda Seção do STJ no sentido de reconhecer ao juízo responsável pela recuperação judicial a análise sobre atos executivos ou constritivos dos bens das sociedades em recuperação.
De acordo com as decisões do ministro Humberto Martins, eventuais medidas urgentes deverão ser provisoriamente julgadas pelas varas responsáveis pelas ações de recuperação judicial.
O mérito dos conflitos de competência ainda será analisado pela Segunda Seção, colegiado que trata de matéria de direito privado no STJ. 
Tema recorrente - É  segunda vez durante o recesso judicial que o STJ impede a Justiça do Trabalho de atuar em casos contra empresas em recuperação judicial, com o argumento de que seriam interferências junto ao juízo que conduz a recuperação. Assim, a presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministra Laurita Vaz, deferiu liminar para suspender a penhora de crédito determinada pela Vara do Trabalho de Araras (SP) contra uma indústria de montagem de máquinas. (http://www.conjur.com.br/2017-jan-27/stj-suspende-acoes-trabalhistas-empresas-recuperacao)

Fraude bloqueia seguro-desemprego de quase 9 mil trabalhadores em 5 meses


O Ministério do Trabalho aprimorou a ferramenta de busca de fraudes no seguro-desemprego e conseguiu bloquear R$ 53,8 milhões de benefícios que seriam concedidos a quase 9 mil trabalhadores de forma irregular de agosto a dezembro de 2016. Incluindo os valores que foram bloqueados, o governo analisa R$ 152 milhões, que seriam destinados a 45 mil trabalhadores, mas que apresentam indícios de irregularidades.
“Antes as fraudes eram denunciadas e a Polícia Federal ia atrás, mas não recuperava o dinheiro. Agora, bloqueamos os pagamentos e conseguimos evitar o uso irregular dos recursos públicos”, disse ao Estado o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
O ministério verificou, por exemplo, que uma microempresa demitiu, de uma tacada só, 233 funcionários. Para fazer parte dessa classificação por porte, a empresa deve registrar faturamento de até R$ 3,6 milhões. Não há limitação legal sobre número de funcionários, mas o conceito de microempresa costuma ser empregado a firmas com menos de 50 funcionários.
Outro disparate verificado no cruzamento de dados feito pelo ministério foi o de um trabalhador que recebia, de uma só vez, seis seguros-desemprego de seis empresas distintas, nas quais teria trabalhado e sido demitido simultaneamente.
A União desembolsou no ano passado R$ 36,7 bilhões com o pagamento do seguro-desemprego para mais de 7 milhões de trabalhadores que perderem vagas com carteira assinada. De acordo com o ministério, 93,4% dos empregados que pediram o benefício foram contemplados. As fraudes correspondem, em média, de acordo com o órgão, de 3% a 5% dos desembolsos do benefício.
Cruzamento. Para coibir as irregularidades, o governo adquiriu no ano passado, por R$ 72 milhões, um sistema que cruza pedidos do seguro-desemprego com informações da Caixa e da Receita Federal, entre outras. O banco de dados também vai contar com os dados da Previdência Social e também com os registros de óbito. A meta é economizar R$ 1,35 bilhão por ano com a ferramenta.
As regras mais duras do benefício geraram economia de R$ 3,8 bilhões nos últimos dois anos, diz o governo. Em 2015 e 2016, 14,6 milhões de pessoas solicitaram o benefício. Se estivessem em vigor as regras anteriores, o número de contemplados seria 15,7 milhões. Ou seja, com a mudança nas exigências mais de 1 milhão de trabalhadores ficaram sem o benefício. Foram desembolsados R$ 70,4 bilhões nesses dois últimos anos. O gasto teria sido de R$ 74,3 bilhões caso não tivessem sido aprovadas as alterações.
Antes de 2015, uma pessoa demitida podia pedir o seguro-desemprego pela primeira vez se tivesse, pelo menos, seis meses de trabalho formal antes da demissão. Com a alteração, o tempo mínimo de trabalho subiu para 12 meses trabalhados no último ano e meio. Para o segundo pedido, são necessários nove meses de trabalho nos 12 meses anteriores à dispensa.
A maior parcela paga do benefício é de R$ 1.642,72. A menor não pode ser inferior ao mínimo de R$ 937. Cinco é o número máximo de parcelas, mas é um direito apenas do trabalhador que pede o benefício pela primeira vez e trabalhou por, no mínimo, dois anos. (http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,fraude-bloqueia-seguro-desemprego-de-quase-9-mil-trabalhadores-em-5-meses,70001649762)

Crise faz MPT diminuir fiscalizações de trabalho escravo no Amazonas


O Ministério Público do Trabalho (MPT) registrou 19 casos de trabalho escravo em 2016, na Região Norte do país. O número significa 16 casos a menos no ano passado em relação a 2015. Entretanto, o MPT afirma que a queda nos registros ocorre devido a uma diminuição do número de fiscalizações, por conta da crise econômica no país.
Os dados mostram uma oscilação entre o número de denúncias recebidas pelo órgão desde 2014, ano em que foram registrados 42 denúncias. No ano seguinte, o número de registros de trabalho escravo baixou para 35. Em 2016, a queda nos registros foi de quase metade em relação ao ano anterior.
Segundo o procurador do trabalho e membro da Coordenadoria Nacional ade Erradicação do Trabalho Escravo, Jorsinei Dourado, este cenário não se deve à diminuição de casos de trabalho escravo, mas à queda dos recursos repassados pelo Governo Federal, para a realização de fiscalizações estado.
"Precisamos pagar passagens, que não são baratas, estadias nos outros municípios, para que possamos ir atrás destes casos e fiscalizar os locais. Como em anos de crise o repasse não foi tão grande, menos fiscalizações foram feitas", disse.
De 2010 a 2016, o maior número de autuações por trabalho análogo ao de escravo, tráfico de trabalhadores ou trabalho indígena foi maior em 2011, com 42 denúncias recebidas pelo MPT. Em 2012, 20 casos foram registrados. No ano seguinte, em 2013, foram feitas nove autuações a mais.
Escravidão no Amazonas - A maior incidência de trabalho escravo ocorre em atividades rurais, entre elas madeireiras, garimpos, agropecuária e agricultura, segundo o procurador. A maioria dos casos no Amazonas ocorrem em municípios de Lábrea e Boca do Acre.
De acordo com os dados divulgados pelo MPT, o órgão tem 52 procedimentos ativos por atuações extrajudiciais e 11 procedimentos em acompanhamento, de casos que se enquadram ao trabalho análogo de escravo, tráfico de trabalhadores ou trabalho indígena.
O levantamento também mostrou oscilação nos números de Termos de Ajuste de Conduta (TAC) firmados por ano. Em 2016, apenas uma TAC foi assinada e uma ação foi ajuizada pelo crime de trabalho escravo. Jorsinei Dourado comentou que, devido ao Amazonas ser um Estado de grande extensão, o trabalho de fiscalização realizado requer mais recursos para transporte das equipes, alimento e outros gastos para que possam buscar possíveis casos. Entretanto, a falta de verbas para os trabalhos tem dificultado os trabalhos. (
http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2017/02/denuncias-por-trabalho-escravo-no-am-oscila-entre-2010-e-2016-diz-mpt.html)

Para auditores, cúpula do ministério tenta enfraquecer fiscalização do trabalho

Há poucos dias, o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (Sinait) divulgou um editorial, no qual fala em "loteamento de cargos" na Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho, com pessoas estranhas à função, e de uma tentativa de esvaziamento da fiscalização. "As tentativas de interferências sempre existiram. Hoje percebemos que esse papel está sendo da cúpula do ministério", afirma o presidente do Sinait, Carlos Silva.
Para ele, a tentativa de enfraquecer a fiscalização "faz parte de uma estratégia maior, que é a de reduzir ou acabar com direitos trabalhistas". O dirigente acrescenta que isso favorece os "maus empresários", defensores da flexibilização, e lembra que há menos profissionais na atividade. De nove grupos móveis de fiscalização, hoje são três ou quatro, segundo Silva. "Não é porque não há demanda ou porque diminuíram as denúncias de exploração. É porque não tem gente suficiente para compor mais equipes."
Defensor da divulgação da "lista suja" do trabalho escravo, o presidente do Sinait contesta argumentação do Ministério do Trabalho de que a portaria regulamentadora tem problemas técnicos e precisa ser aprimorada. "Todos os empresários tiveram amplo direito de defesa, tanto administrativa quanto judicialmente. E as ações judiciais diante do número de empregadores expostos são muito poucas", afirma, fazendo menção ao lobby empresarial no Congresso.
Segundo editorial do Sinait, nomeações de "pessoas estranhas à fiscalização" ameaçam a Secretaria de Inspeção do Trabalho e o próprio trabalho de fiscalização. A SIT passa por um processo de enfraquecimento?
Na realidade, as tentativas de interferências na fiscalização sempre existiram. Há alguns anos, esse papel era ostensivamente desempenhado por superintendentes regionais que engavetavam processos e interferiam em embargos e interdições, por exemplo. Esses cargos sempre foram políticos, apesar das reivindicações do sindicato e da categoria para que sejam privativos de auditores-fiscais do trabalho. As denúncias foram tantas que houve um recuo. Hoje percebemos que esse papel está sendo da cúpula do Ministério do Trabalho. Pessoas que ocupam cargos no alto escalão estão tentando, sim, enfraquecer a fiscalização. Mas estamos vigilantes e fazendo todas as gestões para que não tenham sucesso em seu intento.
O Sinait enxerga, nessas mudanças, uma mudança de política no sentido de reduzir as operações de fiscalização, em número e em intensidade?
Sim, com certeza. Enfraquecer a fiscalização faz parte de uma estratégia maior, que é a de reduzir ou acabar com direitos trabalhistas. Isso favorece os maus empresários, que estão sempre querendo a flexibilização das leis e da fiscalização. Por que o quadro da fiscalização não é recomposto? Por que deixaram que mais de mil cargos, numa carreira já tão enxuta, estejam vagos? Por que o concurso público não é autorizado? Tudo isso dificulta a fiscalização, reduz grupos móveis de combate ao trabalho escravo, diminui a capacidade geral de evitar acidentes de trabalho, entre tantas outras atividades que exercemos.
Já foi possível sentir alguma mudança nesse sentido?
Sim, o grupo móvel é um exemplo clássico. Já foram nove. Hoje são quatro ou três. Não é porque não há demanda ou porque diminuíram as denúncias de exploração. É porque não tem gente suficiente para compor mais equipes. Se tirar muita gente das superintendências tudo vai ficar mais complicado ainda. Fiscalizações rurais também diminuíram, assim como as de combate ao trabalho infantil. Os colegas se aposentam e não têm substituição. É matemática, não tem mágica.
O Ministério do Trabalho foi procurado? Se foi, o que seus representantes afirmam?
Sim, o Sinait reagiu prontamente às exonerações e nomeações indevidas. A princípio, as autoridades negaram as interferências e nomeações ilegais. Mas, como é ilegal, não tiveram outra alternativa a não ser voltar atrás em várias delas. A pressão foi muito forte, de todos os lados, pois o sindicato fez denúncias pesadas.
Em relação à "lista suja", o ministério argumenta que a "judicialização" do tema se deve a "instrumentos normativos redigidos a toque de caixa e sem a devida profundidade técnica". Você concorda com essa avaliação?
Claro que não. Todos os empresários que chegaram à lista suja tiveram amplo direito de defesa, tanto administrativa quanto judicialmente. E as ações judiciais diante do número de empregadores expostos são muito poucas.
Acredita que há outras motivações, não as meramente legais, para que o governo deixe de divulgar o cadastro?
Para nós está claro que as razões para a não publicação são outras. O lobby empresarial é forte, todos sabemos disso. E com uma bancada empresarial grande no Congresso Nacional a pressão se tornou ainda maior.
O que se pode esperar do recém-criado Pacto Federativo para a Erradicação do Trabalho Escravo?
Funcionará se o Estado quiser e se os atores sociais pressionarem para que haja ações efetivas. Caso contrário, será mais uma instância figurativa.
Mas, para o Sinait, há uma questão que é vital: a inspeção do trabalho não está incluída e isso consideramos um erro inadmissível, pois somos nós a linha de frente do combate ao trabalho escravo no país. O mesmo acontece com o Ministério Público do Trabalho. Já estamos trabalhando para reverter isso. Aguardamos audiência com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para tratar do assunto.
No dia 25, os auditores-fiscais fizeram manifestação pedindo a prisão dos condenados como mandantes da chacina de Unaí, que recorrem em liberdade. Foram necessários 11 anos para o julgamento, e depois disso já se passou mais de um ano. Você acredita que as prisões serão efetivadas ou teme que a impunidade prevaleça?
Nós acreditamos na Justiça. Ainda confiamos. Fomos pedir ao Tribunal Regional Federal que apresse o julgamento dos recursos e que confirme a sentença condenatória. O Ministério Público Federal está se empenhando. Vamos continuar pressionando e queremos ver todos os condenados na cadeia. A impunidade não há de prevalecer. (http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2017/02/para-sindicato-cupula-do-ministerio-tenta-enfraquecer-fiscalizacao-do-trabalho).

Tras un 2016 con menos trabajadores pero más productos extranjeros, Macri admitió que la importación destruye puestos de trabajo

A pocos días de que el propio INDEC asumiera que las importaciones aumentaron un 7% durante el primer año de gestión de Cambiemos y tras sus acaloradas amenazas y las de sus funcionarios de abrirlas aún más para "combatir" la inflación, eel presidente Mauricio Macri admitió que el ingreso de productos extranjeros destruye puestos de trabajo nacionales. 
Macri admitió que el ingreso de productos extranjeros destruye puestos de trabajo nacionales"Cada uno de esos barcos que ingresaron a la Argentina trayendo gas fueron cientos de puestos de trabajo de argentinos que perdimos", afirmó el mandatario en referencia a la importación del fluido durante el kirchnerismo, sin hacer alusión a que el propio organismo estadístico bajo gestión PRO informó hace una semana que el ingreso de bienes extranjeros aumentó un 7% en comparación con el último año de administración de Cristina Fernández de Kirchner y que en 2016 se registraron entre 74 mil y 128 mil trabajadores menos que en 2015.

En un acto en Casa Rosada en que anunció la firma de convenios para la explotación de Vaca Muerta, el mandatario aprovechó para defender los nuevos tarifazos a la luz y gas que anunció hoy el gobierno nacional y "agradeció" a los argentinos por "la tolerancia y el entendimiento" de la medida

"No es simpático decir que hay que aumentar las tarifas", lanzó Macri respecto de los nuevos aumentos de tarifas que ordenó su Gobierno, además de las prepagas y los peajes, y, sin ahondar en el tema, reiteró que "éste es el camino para ir recomponiendo lo que pasa en la Argentina".

Tras felicitar al cuestionado ministro de Energía, Juan José Aranguren, sostener que en diciembre se registró un menor consumo de energía "gracias a que se concientizó sobre el uso" y anticipar que en los próximos días el exCEO de Shell anunciará que en los últimos dos meses "bajaron mucho" los cortes en el suministro eléctrico, Macri vendió esos supuestos logros como el "resultado de seis meses de trabajo serio".
Acompañado por Aranguren; el ministro de Trabajo, Jorge Triaca (h); el gobernador neuquino, Omar Gutiérrez; el titular del sindicato de Petroleros y Gas Privados, Guillermo Pereyra; y los principales empresarios del sector, Macri 
insistió además con que con más "energía" se puede "reducir la pobreza".





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